Teve lugar na reitoria da Universidade NOVA de Lisboa, na passada 6ª feira, a sua primeira conferência de Design Thinking. São realmente poucas as conferências, seminários, palestras, entre outros, que dispomos sobre design, no nosso país (e, neste caso, em Lisboa). Assim sendo, é de louvar todas as pessoas que têm a iniciativa de as fazer e, claro, de agarrar todas essas oportunidades. Foi o que considerámos, assim que ficámos a par deste acontecimento e nem pensámos duas vezes na hora de nos inscrevermos. Queremos vir, agora, relatar-vos o essencial daquilo que retivemos.
O Design Thinking surge como uma disciplina emergente que confere as ferramentas e técnicas necessárias que levam o pensamento mais longe de modo a gerar ideias e soluções inovadoras, sendo praticado, ao contrário do que se pensa, não só por designers, mas por pessoas com diferentes especializações e áreas de negócio.
O evento, iniciado com uma conferência, teve a presença de vários oradores, entre eles Peter Coughlan, co-fundador da consultora IDEO, empresa que desenvolveu este conceito de Design Thinking, e orador principal. Através de uma apresentação dinâmica e acessível, apresentou esta máxima como uma disciplina aplicável a qualquer empresa e que procura essencialmente responder a 5 problemas e desculpas encontrados em qualquer área, desde pensar que não é inovador o suficiente, que já não há por onde inovar, passando pela falta de tempo, pelo foco demasiado centrado no presente ou até mesmo na falta da capacidade de inovação das pessoas. Peter apresenta o Design Thinking como um processo e uma solução, combatendo estes problemas através da criação de espaços que estimulem a criatividade, pensar mais longe e abordar outros sectores, quebrar a falta de tempo, pegando em trabalho já feito e mal empregue, procurar os sinais do futuro no presente e, por fim, acreditar nas pessoas, ensinando o processo e praticando-o.
Após o louvado discurso de Peter Coughlan, seguiram-se muitos outros nomes, desde empreendedores a uma professora de Direito, que nos deram também a conhecer um pouco do modo como o Design Thinking é empregado nas suas empresas/áreas que integram.
Gustavo Madeira, Diretor de Inovação e Qualidade da LeasePlan Portugal, sugere que, dentro de uma empresa, sejam assegurados aspetos como: garantia um bom patrocínio; indução da inovação colaborativa; conexão da inovação com a estratégia de empresa; capitalize on failure (ou seja, tirar partido dos erros cometidos ao longo do percurso); reconhecimento dos funcionários; paixão.
João Castro, Diretor de Inovação Disruptiva da Sumol Compal e MIT PhD, soube realmente como captar a atenção de todos os participantes, elucidando-nos do modo como atua. Descreve-nos a inovação disruptiva como um novo conceito empreendedor que, muito sucintamente, valoriza um produto que, à partida, não seria um bom implemento dentro de uma empresa, mas que oferece uma contrapartida de custos mais aliciante ao consumidor.
Rita Calçada Pires, Professora da Faculdade de Direito da Universidade NOVA, acrescenta que “a incerteza é uma característica da inovação” e que “a interdisciplinaridade é fundamental”, nesta “nova forma de pensar” que é o Design Thinking. Sugere ainda que, para implementar a Inovação Social, se tente a disrupção. Como? Através de laboratórios sociais, pensando “fora da caixa”, reformulando na execução das políticas, associando variados setores, sendo sistémico, implementando a responsabilidade, a disciplina e o compromisso e, claro, não tendo medo de falhar.
Gonzalo Castañeira, Coordenador de Projeto da Fundação másHumano, descreve-nos o inovador social em 6 palavras: filósofo; poeta; explorador; executor; humanista; pensador sistemático.
E agora, com todos estes ingredientes, será que já somos capazes de “fazer o bolo”? Será que já somos capazes de compreender a 100% este novo conceito? Pois bem, os experts do Design Thinking garantem que a melhor forma de apreender todas suas as particularidades é, de facto, empregando-as… “metendo as mãos na massa”! Vamos experimentar?
*
Last Friday, we went to the First Design Thinking Conference of NOVA University of Lisbon. There aren’t actually a lot of conferences, seminars, lectures and others about design, in our country (more specifically in Lisbon). Thus, we should praise for the people who dare to do it and, obviously, grab every opportunity. That’s what we did as soon as we knew about this happening and, of course, we didn’t think twice about register ourselves. Now, we want to tell you what we learned on this day.
Design Thinking came as an emergent discipline which gives the essential tools and techniques to take our thought further, in order to create ideas and innovative solutions. It’s practiced, instead of what we usually think, not only by designers, but also by people with different specialization and business areas. This event, started with a conference, compound by a range of speakers, among which Peter Coughlan, the main speaker and co-founder of IDEO Consulting Firm, company that developed this concept of Design Thinking. Through a dynamic and accessible presentation, he explained it as a subject we can apply to any company which seeks to answer mostly five problems found at any area: from thinking it’s not innovative enough to thinking we can’t innovate any longer, lack of time, too much focused on the present or even lack of capacity of innovating. Peter presents Design Thinking also as a process and a solution, fighting through these problems by creating spaces that encourage creativity, thinking further and taking other areas, ending up with the lack of time, taking work already done and misused, looking for the future signs in the present and, lastly, believing in people, teaching them the process and practicing it.
After the wonderful speech of Peter Coughlan, this was followed by many other names, from entrepreneurs to a law teacher, who also gave us an insight into how Design Thinking is applied in their companies and areas.
Gustavo Madeira, Innovation and Quality Director at LeasePlan Portugal, suggests we should ensure, within a company, factors as: guarantee a good sponsorship; induction of collaborative innovation; connecting innovation and company strategy; capitalize on failure (ie, take advantage of mistakes); recognition of employees; passion.
João Castro, Head of Disruptive Innovation of Sumol Compal and MIT PhD, really knew how to capture the attention of all the participants, explaining us the way it operates. He describes disruptive innovation as a new entrepreneurial concept that briefly, appreciates a product that commonly would not be a good implement in a company, but it’s more economically attractive to the consumer.
Rita Calçada Pires, Professor at NOVA Faculty of Law, adds that “uncertainty is a feature of innovation” and “interdisciplinarity is fundamental” into this “new way of thinking” – Design Thinking. She also suggests that, to implement Social Innovation, we must try disruption. How? Through social laboratories, thinking “outside the box”, reshaping policy implementation, involving a set of areas, being systemic, implementing responsibility, organization and commitment and, of course, not being afraid to fail.
Gonzalo Castañeira, Project Coordinator Fundación másHumano , describes the social innovation person in six words: philosopher; poet; explorer; doer; humanist; systemic thinker.
And now that we have all these ingredients, are we already able to mix all the things and “cook the cake”? Are we already capable to entirely understand this new concept? Well, Design Thinking experts ensure that the best way to grasp all its characteristics is, in fact, applying them… putting our hands on the “cake batter”! Let’s try it?